segunda-feira, 16 de março de 2009

Impressão



Era o último minuto
*Ela inventou de não funcionar. E eu ali, olhando o relógio... Último minuto. Para quem eu vou ligar? Isso vai soar pior que a desculpa do cachorro comeu meu dever... Sinceramente... Não entendo... Murphy.. Murphy.. Sempre nessas horas...
*Eu vou chutar essa coisa... E o celular me inventa de tocar... Estão perguntando onde me soquei... E eu olhando para essa coisa. Quantos comandos eu já usei? E estou começando a suar frio. O power point pronto, todo bonitinho... Tudo muito lindo. A minha vida por isso voltar a funcionar. Estou suando, começando a cheirar mal. Perdi meu ônibus. E ninguém vai me cobrir por essa falha.
*Que merda! Eu estou olhando o relógio. E nada... Nada... Tentei ligar para um conhecido, ver se podia ajudar. Ele também tem vida, me diz. E também está encerrando seu período de aulas. Que eu queria? Que ele matasse a própria apresentação de trabalho para que o ajudasse. É minha monografia. TEnho que passar isso adiante, se não fico mais um ano preso na faculdade! Inferno. Nem técnico. E esses professores não conhecem e-mail.. Moderno demais para eles...
*Estou suando todo, meu cabelo bagunçando, várias folhas de papel no chão. E eu não tenho dinheiro para pagar a impressão da lan house...
Uma série de palavrões que eu diga.. Não vão fazer essa impressora funcionar...
*eu vou para a faculdade e encarar isso tudo como o homem que sou no momento: desesperado.
*será que eles vão entender? Levo pen drive com o trabalho, abro o word lá...
*Que ódio!
*Ela não vai funcionar.. Morreu. Hoje! Enfim... Como mais nada resta a ser feito e estou muito de cara... E moro no quinto andar... é... Ao menos isso vai ser divertido.. antes que eu solte os cabos... Será que vais aprender a voar? A resposta dela para mim: impressão instantânea...

sábado, 7 de março de 2009

Alice




A vida é uma droga. Ponto?
Eu vomito mais um pouco e sinto minha decadência. É fato, seres humanos são decandentes.A sociedade moderna em pouco difere de uma corte francesa do século XVII... Agora usamos menos maquiagem. E as máscaras são nossos rostos. Com pouca ou muita maquiagem , somos todos seres mascarados decadentes, muito felizes com nossa libido.
Falando tudo isso me sinto como um inquisitor do século XV... Viva a falta de liberdade que vivemos! Mascarada como liberdade total, vivemos na ilusão de que podemos dizer muito, quando na realidade cuidamos cada santa (ou maldita) palavrinha que sai de nossas boquinhas bem fechadas... Mas não paramos de falar! Jamais! O silêncio denuncia tudo e mais um pouco a despeito de nossas almas... E isso assusta. O que poderão vir a usar contra nós?
Estou um pouco sóbrio demais, admito. Se continuar a usar belos termos este texto vai-se água abaixo... Sinto-me feliz com o fato de ser cru. Não quero ter subterfúgios para onde correr. Correr demais é perder tempo indo para o nada. Acho que estou me repetindo.
Ao menos a questão da libido é boa... Todo mundo faz o que quer, como e quando quer. E quem não gosta disto, bem.. Que se exploda, afinal, em nossa sociedade moderna ou pós-moderna.. Liberdade sexual foi adquirida, cada um faz o que quiser e, graças a deus, vivemos em um estado laico.
Obviamente, abortos de qualquer gênero estão descartados. E outras coisinhas... Deus não quer. É tudo muito feio, tudo muito escondido... Viva a hipocrisia!... E a Igreja que mesmo não fazendo parte do estado, ela controla em parte suas opiniões.
Atravesse o espelho Alice.. talvez esse mundo então passe a fazer algum sentido.

Foto: Viona-art carnaval de veneza de 2007
 

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