Ela segurava a faca com força no pescoço. Dizia, sem ti não vivo. O que eu deveria fazer? Gostaria de poder segurar firme a mão da outra moça do outro lado da rua. Senti-me um boneco. Ela queria a mim. Precisava. Era seu ar.
Olhava meu relógio. Era hora de uma boa terapia para ela. Não é egoísmo meu. Apenas nao tinha um bom porquê de sujeitar-me a tal situação. Entende? A culpa me impelia até aquela maluca... A loucura era algo atraente. Ninguém nunca d'ante precisara de mim. É bom poder ser necessário. Sofrer da obcessão de alguém fazia-me feliz, de certa forma. Sou inocente. Seria mais correta a palavra imbecil... Mas palavras pesadas não são algo que eu goste de usar contra mim. A idéia de ser o salvador, o cavaleiro de armadura de uma moça atraiu-me.
Ela tinha olhos bonitos quando chorava. Como bom estúpido que sou, achei que ela realmente precisasse de um salvador. Algumas mulheres precisam da idéia de ser a dama em perigo. Eu era apenas algo que ela queria ter, mas não podia. Estou comprometido comigo mesmo. Sou egoísta e pretendia manter-me assim por algum tempo. Queria algo mais válido que este ciclo destrutivo de paixões.
Ela com a faca em mãos. Fingi não crer. Era descomplicado assim. A mulher de pernas longas e cabelos longos era muito mais atraente que aquele momento desconfortável. Tinha uma risada agradável também. Ceguei-me para a faca nas mãos dela. Não sou nem queria vir a ser o boneco de uma mimada. Ela tinha aquele olhar de cãozinho abandonado conforme eu me afastava. Não fui feito para ter pena desse tipo de pessoa... Geralmente, eu gosto de me fazer cãozinho abandonado... Ganho ossos extras assim. Ela segurou a faca com força. Cortou os pulsos com força. No momento em que me virava. Dramática.
Eu corri. Hospital. A culpa é algo que nos consome. Sei disso melhor do que eu gostaria. Não digo que foi só a culpa. Amava-a de certa forma. Ainda assim, a sensação de ser um boneco é sempre desagradável. Ela me teve. Inicialmente pela culpa.
Pessoas se cansam do que já tem. Uma hora, é necessário descartar aquilo que não mais lhe causa agrado. Deixei de ser interessante no momento em que fui dela. A faca no pescoço? Argumento final. Ela ganhou. A moça do outro lado da rua? Creio que continua a ter lindas pernas e olhos...
Olhava meu relógio. Era hora de uma boa terapia para ela. Não é egoísmo meu. Apenas nao tinha um bom porquê de sujeitar-me a tal situação. Entende? A culpa me impelia até aquela maluca... A loucura era algo atraente. Ninguém nunca d'ante precisara de mim. É bom poder ser necessário. Sofrer da obcessão de alguém fazia-me feliz, de certa forma. Sou inocente. Seria mais correta a palavra imbecil... Mas palavras pesadas não são algo que eu goste de usar contra mim. A idéia de ser o salvador, o cavaleiro de armadura de uma moça atraiu-me.
Ela tinha olhos bonitos quando chorava. Como bom estúpido que sou, achei que ela realmente precisasse de um salvador. Algumas mulheres precisam da idéia de ser a dama em perigo. Eu era apenas algo que ela queria ter, mas não podia. Estou comprometido comigo mesmo. Sou egoísta e pretendia manter-me assim por algum tempo. Queria algo mais válido que este ciclo destrutivo de paixões.
Ela com a faca em mãos. Fingi não crer. Era descomplicado assim. A mulher de pernas longas e cabelos longos era muito mais atraente que aquele momento desconfortável. Tinha uma risada agradável também. Ceguei-me para a faca nas mãos dela. Não sou nem queria vir a ser o boneco de uma mimada. Ela tinha aquele olhar de cãozinho abandonado conforme eu me afastava. Não fui feito para ter pena desse tipo de pessoa... Geralmente, eu gosto de me fazer cãozinho abandonado... Ganho ossos extras assim. Ela segurou a faca com força. Cortou os pulsos com força. No momento em que me virava. Dramática.
Eu corri. Hospital. A culpa é algo que nos consome. Sei disso melhor do que eu gostaria. Não digo que foi só a culpa. Amava-a de certa forma. Ainda assim, a sensação de ser um boneco é sempre desagradável. Ela me teve. Inicialmente pela culpa.
Pessoas se cansam do que já tem. Uma hora, é necessário descartar aquilo que não mais lhe causa agrado. Deixei de ser interessante no momento em que fui dela. A faca no pescoço? Argumento final. Ela ganhou. A moça do outro lado da rua? Creio que continua a ter lindas pernas e olhos...