Foi uma coisa ridícula. Eu olhei e reolhei.. E pensei, que merda!
É carnaval. Certo... Ainda assim...
Porra! Meu amigo de mulher não! É ofensivo com as mulheres esse tipo de coisa. Eu não sei qual foi a dele... Que todo santo ano se veste de mulher no carnaval. E a namorada arruma o cabelo. A mãe faz a maquiagem. E as duas emprestam as roupas. Nessas horas o conceito de amizade fica meio vago, sabe? Porque... Eu não preciso ver isso. Mas eu vi.
E.. na boa, é por isso que eu só saio na época de carnaval depois de um certo horário... E, dependendo do caso, arrastado. E fico bem longe das ruas principais. Somos amigos desde crianças, estou acostumado com algumas de suas esquisitisses (incapaz de atravessar água corrente, de passar por gatos pretos...). Ainda assim, que merda. Ele de mulher, me mandando beijinho... Todo feliz. É engraçado. O grupo tira foto, debocha e certamente vai usar isso quando a bebedeira do cara passar. Ainda assim...
É que odeio carnaval. Essa história toda de melhor festa do ano... Brasil parar. Sei lá... Sou chato, admito. Uma marchinha de carnaval, uma colombina na minha frente. Tem alguma dignidade. Agora.. .o cara de mulher, a mulher sem roupa.. Não tem graça. Eu vou imaginar a mulher como? Está tudo lá! Na frente! Eu sou velho. E fora de moda, segundo me dizem minhas ex-namoradas.
A columbina atual conta os ficantes. O pierrot sem dúvida é emo. E a baiana agora é mulata da escola de samba. E essa mulata foi perdendo peças de roupa conforme o tempo foi passando. E nada disso tem graça. Eu não vou de maneira sutil convencer a minha colombina com flores e poesias que ela é linda, ou qualquer coisa do gênero. Eu vou chegar chegando e se não der, existem outras. Máscaras para quê? Está tudo exposto ali. Se gostar gostou...
O carnaval tinha, até um tempo atrás, uma mistica. As pessoas não entenderam. Ou pura e simplesmente não quiseram entender. Era baile de máscaras. Um dia para ser outra pessoa. Não para se esquecer de quem se é. Bacanal por bacanal, troca logo o nome do troço para festa de dionísio. E faz isso em outra data. De preferência, usando toga. É mais fácil de soltar a roupa. E de preferência, proibindo macho de se vestir de mulher. Por que na boa... Se o cara que se assumir, que faça isso o ano inteiro, e não uma vez por ano bêbado para enxer o saco dos outros...
Imagem: Pierrot de Auguste Macke
É carnaval. Certo... Ainda assim...
Porra! Meu amigo de mulher não! É ofensivo com as mulheres esse tipo de coisa. Eu não sei qual foi a dele... Que todo santo ano se veste de mulher no carnaval. E a namorada arruma o cabelo. A mãe faz a maquiagem. E as duas emprestam as roupas. Nessas horas o conceito de amizade fica meio vago, sabe? Porque... Eu não preciso ver isso. Mas eu vi.
E.. na boa, é por isso que eu só saio na época de carnaval depois de um certo horário... E, dependendo do caso, arrastado. E fico bem longe das ruas principais. Somos amigos desde crianças, estou acostumado com algumas de suas esquisitisses (incapaz de atravessar água corrente, de passar por gatos pretos...). Ainda assim, que merda. Ele de mulher, me mandando beijinho... Todo feliz. É engraçado. O grupo tira foto, debocha e certamente vai usar isso quando a bebedeira do cara passar. Ainda assim...
É que odeio carnaval. Essa história toda de melhor festa do ano... Brasil parar. Sei lá... Sou chato, admito. Uma marchinha de carnaval, uma colombina na minha frente. Tem alguma dignidade. Agora.. .o cara de mulher, a mulher sem roupa.. Não tem graça. Eu vou imaginar a mulher como? Está tudo lá! Na frente! Eu sou velho. E fora de moda, segundo me dizem minhas ex-namoradas.
A columbina atual conta os ficantes. O pierrot sem dúvida é emo. E a baiana agora é mulata da escola de samba. E essa mulata foi perdendo peças de roupa conforme o tempo foi passando. E nada disso tem graça. Eu não vou de maneira sutil convencer a minha colombina com flores e poesias que ela é linda, ou qualquer coisa do gênero. Eu vou chegar chegando e se não der, existem outras. Máscaras para quê? Está tudo exposto ali. Se gostar gostou...
O carnaval tinha, até um tempo atrás, uma mistica. As pessoas não entenderam. Ou pura e simplesmente não quiseram entender. Era baile de máscaras. Um dia para ser outra pessoa. Não para se esquecer de quem se é. Bacanal por bacanal, troca logo o nome do troço para festa de dionísio. E faz isso em outra data. De preferência, usando toga. É mais fácil de soltar a roupa. E de preferência, proibindo macho de se vestir de mulher. Por que na boa... Se o cara que se assumir, que faça isso o ano inteiro, e não uma vez por ano bêbado para enxer o saco dos outros...
Imagem: Pierrot de Auguste Macke